26/11/2015
  Não, não sou festeira, convencida, 100% confiante (talvez 98%), a maluca da festa, a que não se preocupa com nada, ou sei lá, sou. Sou de sagitário, mas isso não significa que tenho que ser tudo isso, porque afinal sou de sagitário e tenho o direito de ser quem eu quiser.
  Não é a primeira e não vai ser a última vez que falo sobre esse signo maravilhoso que tive o prazer de ser também. Mas hoje vou falar só e exclusivamente dele, não dos pobres coitados que acham que podem nos controlar (nos deixamos controláveis pelo tempo que queremos ser controlados, não se engane).
  Estamos enfim no nosso mês, sagitarianos. Mês da loucura, das festas e tudo que temos o direito. Ainda bem que acaba antes do Natal né, Jesus? Imagina se Jesus tivesse nascido entre 21 de novembro e 20 de dezembro? #Aloca.
  Tem gente que não vai muito com a nossa cara, mas qual o problema de ser sagitário? Qual é? Te dei o fora? Não quis me prender a você? Disse não a um pedido de casamento? Isso é normal, você tem que se adaptar as regras do sagitário, não somos fáceis assim. E daí que somos tão alto-confiantes que chegamos a ser irresponsáveis? Espera ai que não sou eu que sempre chego atrasado (não tem relógio na casa dos outros signos?). Somos amigáveis, não é mesmo? E se perdemos a cabeça, tudo bem, desculpa, em 5 minutos já está tudo em ordem novamente. A menos que você ainda esteja querendo me dizer o que fazer, ou tentando me controlar, não tente.


  Me deixe viajar, ser livre. Me jogar de cabeça em algo desconhecido, sei que posso me machucar, sei os riscos. Me surpreenda, gosto disso. Mas não me venha com seus limites, com sua intolerância, seja menas. E daí se semana passada eu gostava de rock e tô dançando funk? Raul sabe que sou uma Metamorfose Ambulante assim como Anitta entende que você "faz o que quiser comigo na imaginação" só na imaginação. Vou sim mudar de opinião quantas vezes quiser e você não tem nada com isso.
  Ah, se você chegou até aqui procurando características de sagitário para conquistar um, posso te dar uma dica: não tente ser o melhor, ser o "sabe tudo", não queremos saber tudo, não gostamos disso. Seja forte, é uma boa dica para o seu bem estar, sagitários são frios, sinceros demais e não têm nenhum problema com o desapego.
  O espirito aventureiro não permite que se prendam a qualquer coisa, mas quando decidem ficar é bom que você esteja disposto a ficar também, só ficar. Se você tem um sagitário na mão, você tem sorte, não paramos assim facilmente.
  Se engana quem acha que somos do mundo, somos só de nós mesmos e assim será para sempre.
Não somos fáceis de agradar, afinal não somos para qualquer um, somos para os melhores. Simplesmente assim!" - Hugo Gloss


22/11/2015
Pode ler o texto ouvindo: Dois - Tiê

Em uma maratona da séria How I Met Your Monther, um episodio me fez voltar ao tempo também. No episodio Ted Mosby falava sobre as "bagagens" de todas as garotas que ele saiu e descobre que ele também tem uma bagagem, a garota que ele estava saindo tem uma bagagem, os amigos tem uma bagagem, eu tenho uma bagagem e você provavelmente tem uma bagagem.

Todo mundo tem um passado que talvez não se orgulhe, já saímos com pessoas erradas, fizemos escolhas que não deveríamos, algo falado de maneira errada, mas as bagagens podem ajudar, talvez uma bagagens com rodinhas que ficam bem mais fácil de levar. 


A pessoa que você está saindo agora tem uma bagagem, talvez ela ainda não tenha te falado algo, mas se for durar ela vai te contar e vai depender de você se vai ou não querer ajuda-lá. Ela também vai decidir se quer te ajudar com a sua.

Amores errados temos de sobra, mas não vamos falar só de bagagens amorosas. Em algum momento da sua vida você vez a escolha que determinou o resto da sua vida e então mais uma bagagem que vai ter que levar, uma briga não resolvida, dessa ainda dá para se livrar... 

Enfim crianças, "todos vem com bagagem. Encontre alguém que você ama o suficiente para ajudá-lo a desempacotar" - Ted Mosby
19/11/2015
"Meus aniversários sempre tiveram momentos estranhos, mas o desse ano é pior. O jantar japonês fica carregado de sorrisos aflitos e olhares tristes. Sim, é o meu aniversário e blá-blá-blá, mas meus parentes só conseguem pensar em Shannon. Neste ano chego à idade dela. À última idade congelada no tempo."

Summer está em seu aniversário de 17 anos, agora tem a mesma idade que sua irmã tinha quando, segundo os policiais, tentou se desfiar de algum animal no meio da pista, perdeu o controle e bateu em uma árvore. Summer nunca chegou a conhecer Shannon, sua mãe engravidou algumas semanas depois do acidente. No entanto, Shannon estava em tudo Summer fazia (ou deixava de fazer).
Summer passou a vida inteira ouvindo a família dizer como elas eram diferentes, como Shannon era "perfeita", a melhor da classe, a medalhista, a salva-vidas, etc... Suas conquistas estavam lá, estampadas em uma parede inteira para quem quisesse ver. Summer também tinha uma parede, mas não tinha muita coisa nela.
Na manhã do seu aniversário ela vai trabalhar na floricultura da tia, que dá a ela um diário que achou quando estavam retirando as coisas do quarto de Shannon após a morte. A tia dá a ela a opção de ler ou apenas guardar. 
Summer nunca se interessou pela vida de Shannon, era só a garota perfeita dos retratos nas paredes da casa. Os pais nunca quiseram tocar no assunto e ela muito menos, já existia idolatria de mais à ela. Além disso Summer acha que se Shannon não tivesse morrido ela não teria motivos para vim ao mundo, nasceu para preencher o espaço vazio da mãe, mas ela não era perfeita como Shannon, não era a filha que a mãe queria que fosse, sempre soube que nunca chegaria aos pés de Shannon então nem se deu o trabalho de tentar. 
Porém, com o diário nas mãos uma curiosidade nasceu. Folheando as paginas preenchidas perfeitamente com uma letra invejável ela se surpreende ao passar por uma folha com apenas uma frase em letras maiúsculas "QUERO ME MATAR.". Não fazia sentido, Shannon era feliz, ouvirá a vida inteira que Shannon era feliz, porque ia querer se matar? Será que se matou? Agora precisava ler o diário para poder entender.
Lendo o diário ela descobre que Shannon não era nem um pouco perfeita, uma enxurrada de revelações são feitas, não só sobre Shannon, mas sobre toda a família. Summer se envolve cada vez mais com o diário e com a irmã, começa a comentar com Gibson, seu melhor amigo, que a ajuda a descobrir algumas coisas e também finalmente consegue falar com os pais sobre o passado, mas sem revelar sobre o diário, descobre uma família até então desconhecida.
"Mal consigo enxergar entre as lágrimas ao sair do parque cantando pneus.
"Desacelera, idiota. Quer que mamãe e papai percam as duas filhas em acidentes de carro? E pare de descontar suas frustrações no pobre do Gibs. Sabe com quem tem que falar. Cresça e resolva isso."

Ao decorrer do livro a história de Shannon é desenvolvida e de Summer também. Enquanto a irmã se apaixona por um idiota, Summer se apaixona pelo melhor amigo. Enquanto Shannon se revolta com a mãe, Summer começa entender a mãe. Choro dos dois lados e sorrisos também. Shannon era finalmente a irmã de Summer.

Obviamente o diário não termina, a última folha escrita, três dias antes do acidente, não revela o que Summer queria saber deste o inicio, mas põe fim a um tormento familiar e pessoal de ambas.


04/11/2015
Amor? Não, dessa fez não era, nunca foi, nem no comecinho. Carência, talvez, tinha acabado de perder pessoas importantes e você me confortou, mas não era amor e sei disso porque não senti nada que me fizesse querer você desesperadamente. E dai se sou de Sagitário? Também sei sentir.
Sei também que não era amor porque eu deixei você ir e voltar depois, ir novamente, conhecer outras pessoas e voltar, não me importei de te perder mais de duas vezes e, como já disse, sou de Sagitário não gosto desse vai e volta, ou você fica ou você vai, não os dois ao mesmo tempo. Mas você era tão insignificante pra mim que deixei você fazer o que quiser, não me importo com você.
Não era amor nem da minha parte e muito menos da sua, que é de Peixes, - eu não sei de nenhuma característica de Peixes, só pra você saber como você realmente é tão insignificante pra mim que eu não tive nem o trabalho de pesquisar sobre seu signo, e eu pesquiso o signo até do cara que eu troquei olhares no ônibus - você apareceu quando eu precisei e partiu quando eu não precisava mais, e quando eu precisei de novo você não estava mais lá e eu não me importei porque eu sou de Sagitário e sei me virar sozinha.


Tínhamos um encontro marcado no dia 24 de outubro, o show do nosso cantor favorito. Você sabe que eu não fui porque preferi ficar em casa estudando, e eu sei que você preferiu ir para uma baladinha qualquer, mesmo sendo seu cantor favorito - ou talvez não é mais - . Não tínhamos motivos pra ir, afinal não nos falamos há uns 6 meses, mas alguma coisa dentro de mim dizia pra eu ir, seria como aqueles filmes românticos que o casal se reencontra depois de muito tempo em um encontro marcado há muito tempo, mas eu sabia que você não apareceria e mais uma vez o ficaria sozinha no meio de uma plateia de casal no show de um cara que só canta musicas românticas, como no show do Nando Reis que você não foi e eu fiquei sozinha, como naquele filme que marcamos de assistir juntos no sessão das 15:20 e você não apareceu, e é por isso que eu sei que não era amor - até porque no dia da sessão de cinema eu conheci um cara que parecia com o protagonista do filme e saímos juntos.
Você me chamou no WhatsApp para marcar para irmos em um outro show e mesmo sabendo que eu não ia porque tinha outra coisa para fazer eu disse que ia, você não foi - eu também não - e mandou uma mensagem pedindo desculpas, eu já sabia.
Você ficou chateado quando falei para parar de me procurar, me perguntou se eu achava que nunca tinha sido amor e eu respondi com toda a delicadeza de uma sagitariana: "eu tenho certeza que nunca foi" e você insistiu dizendo que foi. "Eu tô cansada" "Não, você só quer fugir das suas responsabilidades", poderia responder que o irresponsável era você, você que tinha esquecido de todos os nossos encontros marcados, mas estava realmente cansada para começar uma nova discussão e então peguei minhas coisas e sai - se fosse amor eu ficaria até deixar você calmo, mas você é tão insignificante pra mim que eu bati a porta, desci o elevador e esqueci você tão rápido como esqueço o que eu almocei, você é tão insignificante que esse texto não é nem sobre você e sim para explicar como eu sei que não é amor.


Sobre mim

Sobre mim
Uma comédia romântica com trilha sonora na voz de Renato Russo e Tiago Iorc, com créditos para Cícero, Phill Veras e Soulstripper. Tenho 20 anos, sou sagitariana, mas controlada. Moro na cidade luz, a da chuva da tarde, mangueiras, do açai e tacaca e só saio daqui para uma breve viagem ao redor do mundo. Fã de carteirinha de bandas que não existem mais e cantores desconhecidos. Em busca do grande sonho que é a independência e felicidade no mesmo pacote.

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