27/10/2015
A chuva das 15 horas caia em Belém, e eu corria para não perder o ônibus. Perdi.
Você estava no ponto esperando o seu ônibus que nunca foi o mesmo que o meu, olhou para mim, eu estava toda molhada, de chuva e suor. E eu sorrir, não me importei que estava toda desarrumada, há 4 anos eu esperava te ver de novo e você estava ali, com o cabelo bagunçado propositalmente, com uma mochila nas costas, indo ou chegando? Ficando, desejei.
Seu ônibus vinha quando fui falar com você, não consegui falar, mas você me abraçou juntando tudo que tinha quebrado nesses anos e senti que não tinha acabado, nossa história ainda ia ter continuação, e você pegou o ônibus e foi.
Um ano depois estava eu em um ponto de ônibus, mexendo no celular e quando olhei para cima vi você, que sorria tentando chamar minha atenção dentro do ônibus, aquele mesmo ônibus, sorri e o ônibus partiu novamente.


Me convenci que a gente só se separou por causa da distância, dos desencontros, me convenci que ainda tinha jeito, fantasiei um futuro contigo e cai do abismo quando vi que não era nada disso.
Nos encontramos de novo alguns meses depois, dentro de um ônibus cheio de mais para podermos trocarmos palavras, descemos no mesmo ponto, mas você não olhou para trás. No mesmo ônibus no dia seguinte, um sorriso e um oi, você estava falando sobre um trabalho com seu amigo, ocupado, não vamos conversar agora. No ponto de ônibus, esperei você e o ônibus, chegaram juntos e tive que ir no ônibus e não em você. Percebi que estava errada por todos esses anos quando ficamos sozinhos no ponto de ônibus e não trocamos uma palavra, não tem o que falar, o assunto acabou, a intimidade acabou, as necessidades acabaram, não necessito mais de você e nem você de mim, vivemos bem.
Mesmo assim, foi bom de ver.


16/10/2015
Minha vida mudou completamente e nem escrevi aqui. Terminei o ensino médio e o convênio foi o melhor que pude ter, supriu todas as necessidades que tive em toda a minha vida escolar.
Se faltou amigos a vida inteira, não pude reclamar de todos que tive no convênio, não mesmo.

Primeiro que eu entrei para a Cia de Dança da escola, e foi uma experiência incrível,  conheci pessoas novas e pude riscar da minha lista de desejos o "me apresentar para um publico grande".
Não vou mentir, sou péssima dançarina e errei alguns (talvez muitos) passos, mas o que vale é a intenção, e não era só eu que estava nesse pensamento, no fim da apresentação a gente só riu dos nossos erros e foi tudo tão incrível que ninguém se importou, acho que foi muito pelo fato que a maioria estar no convênio e pensar nisso como uma experiência para o resto da vida *-*

Um vídeo da apresentação (quase não apareço porque fiquei lá do outro lado de onde estavam gravando, mas tô ali no cantinho HAHAHA)


Essas ai são as que estavam mesmo comigo em sala de aula, me ajudaram em muita coisa e tenho certeza que vamos ser amigas por muito tempo mesmo com o fim do convênio (ainda somos né, mesmo que já tenha acabado a quase 8 meses), a vida de todo mundo mudou, algumas focaram na faculdade (eu, Fabi e Bia), algumas começaram a trabalhar (Jake, Luana, Luma) e outras não estão fazendo nada da vida (Yanca e Brenda) e a Thais viajou, não sei se esse é o plano da vida dela, mas se for eu tô com inveja.

No fim do ano organizamos uma festa de despedida no condomínio de uma delas e foi incrível, me peguei pensando se era isso que eu desejava cada vez que reclamava em estar sozinha e talvez não, não era isso, mas tenho certeza que não era melhor do que foi de verdade.
O ano de 2014 foi incrível e não tive nada que reclamar.




Tô fazendo cursinho para o vestibular agora e a prova do ENEM já está chegando (faltam 8 dias hoje), acho que vou tentar Arquitetura, é um curso que me atrai deste sempre, mas minha mãe não quer deixar eu fazer, mas isso ainda vamos ver.



14/10/2015
Não me venha com essa historia de que "se acabar nunca foi amor", é claro que foi amor... Foi amor e acabou.

O coração disparou, a mente não se calou e a boca pediu bis, como naquele show do Nando Reis que ele saiu sem dizer tchau e esperou aquele mar de gente - que só ele consegue arrastar no meio da semana - gritar bis e ele voltar só para cantar Marvin pra mim e Espatódea para você. Ainda nós amávamos naquele show, sei disso porque só podia ser amor me aguentar no show do meu ídolo e só podia ser amor eu por um momento ignorar o meu ídolo para olhar para você enquanto você curtia a música e não percebeu que eu estava te olhando.



Eu tive a certeza que era amor no último Natal quando minha melhor amiga foi pedida em casamento e você falou no meu ouvido para tomar cuidado que podia ser eu a qualquer momento, e uma voz na minha cabeça gritava "diz agora, diz agora, diz agora" e eu só sorrir, mas eu já sabia que era amor, porque só sendo amor para não protestar com um quase pedido de casamento aos 19 anos - "eu acabei de entrar para a faculdade, eu sou muito nova, não posso nem pensar nisso agora".
Sei que você me amou mais do que eu te amei, em minha defesa digo que a culpa não é minha, sou sagitariana e tenho essa dificuldade em demonstrar sentimentos. Mas te amei sim, no meu tempo, do meu jeito, mas te garanto que foi amor.

Agora acabou, fui no show do Nando Reis sozinha e você não me pediu em casamento, ainda bem porque se tivéssemos casados e o amor acabasse - ia acabar mais cedo ou mais tarde - eu não ia ter paciência de ficar assinando papéis para avisar a todo mundo que o amor acabou.

Porque o amor acaba? Eu acredito que não podemos amar uma só pessoa nessa vida, é uma sensação tão boa encontrar aquela pessoa que tinha que ser crime colocar na cabeça das pessoas que você só pode sentir uma vez na vida. Pessoas passam a vida inteira se enganando, e repedem a si mesmo a cada relacionamento frustrado que "não era amor" ou "ele(a) não era o(a) certo(a)", mas a verdade é que era amor sim e quem disse que existe a pessoa certa? Amar é o certo.

Sobre mim

Sobre mim
Uma comédia romântica com trilha sonora na voz de Renato Russo e Tiago Iorc, com créditos para Cícero, Phill Veras e Soulstripper. Tenho 20 anos, sou sagitariana, mas controlada. Moro na cidade luz, a da chuva da tarde, mangueiras, do açai e tacaca e só saio daqui para uma breve viagem ao redor do mundo. Fã de carteirinha de bandas que não existem mais e cantores desconhecidos. Em busca do grande sonho que é a independência e felicidade no mesmo pacote.

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